A Consciência Transcendental Verificada Objetivamente
A existência da Consciência Transcendental pode ser verificada objetivamente graças à profunda conexão entre mente e corpo. Mudanças nos estados mentais correspondem a mudanças no funcionamento fisiológico. Ainda que os cientistas não possam dizer o que uma pessoa está pensando no estado de vigília, ou vendo no estado de dormir, podem claramente distinguir entre os três estados principais de consciência, vigília, dormir e sonhar. Estes três estados de consciência principais podem, por tanto, ser identificados por estilos únicos de funcionamento fisiológico, especialmente por combinações particulares de ritmo metabólico e de patrões de ondas cerebrais.
Isto é muito significativo porque, na literatura Védica, se diz que a experiência direta do campo unificado da lei natural na Consciência Transcendental tem lugar num quarto estado principal de consciência. Este profundo estado de paz interior conhece-se em sânscrito como samadhi (mente estável), ou simplesmente turiya (o quarto).
Nas últimas décadas, os pesquisadores verificaram a existência deste quarto estado de consciência ao demonstrar que durante a Consciência Transcendental, o corpo e o cérebro funcionam de uma forma única , claramente diferente da vigília, o dormir ou o sonhar .
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Indicadores Fisiológicos de Descanso Profundo com a Técnica de Meditação Transcendental |
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Uma comparação (meta-análise) de 31 estudos previamente realizados mostrou que a experiência da Consciência Transcendental (como se experimenta durante a técnica da Meditação Transcendental)
produz um nível de descanso e relaxamento físico bem mais profundo que o descanso com os olhos fechados. A condutividade basal cutânea mede a habilidade da pele para conduzir eletricidade; o fluxo elétrico aumenta quando a pele transpira devido à tensão nervosa. Assim, a redução aguda da condutividade basal da pele durante a Consciência Transcendental indica relaxamento profundo. O ritmo respiratório também diminui durante um estado de relaxamento, da mesma forma que o lactato no plasma, um subproduto químico do estrés e da tensão. Estas mudanças fisiológicos ocorrem espontaneamente quando a mente se assenta sem esforço na Consciência Transcendental, um estado de paz interior. Ainda que o corpo também experimenta um tipo de relaxamento no dormir profundo, há uma grande diferença. Enquanto no dormir profundo a mente perde a consciência completamente, durante a Consciência Transcendental o corpo descansa profundamente, mas a mente está mais alerta (e os patrões de ondas cerebrais diferem acentuadamente). Assim, a Consciência Transcendental é definida algumas vezes pelos investigadores como um estado de alerta em profundo descanso.
Referências:
- American Psychologist 42 (1987): 879–881.
- Science 167 (1970): 1751–1754.
- American Journal of Psychology 221 (1971): 795–799.
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Mobilização das Reservas Latentes do Cérebro com a Técnica de Meditação Transcendental |
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Durante a Consciência Transcendental, o aumento da alerta mental vai acompanhado de mudanças drásticas no funcionamento cerebral. Este estudo mostra que durante esta experiência, as reservas latentes do cérebro se mobilizam, avivando uma grande área de funcionamento cerebral. Esta pesquisa também mostrou que a resposta do cérebro a um estímulo somato-sensorial (0-100 msg) se distribui bem mais amplamente através do córtex que no período anterior à Consciência Transcendental , indicando um aumento da alerta e da resposta do funcionamento cerebral. Este estudo, realizado pelo Prof. Nicolai Nicolaevich Lyubimov, Diretor do Laboratório de Neurocibernética do Instituto para a Investigação do Cérebro da Academia Russa de Ciências Médicas, também indica que há um aumento na relação funcional entre os dois hemisférios. Portanto, durante a experiência do quarto estado de consciência, grandes áreas do cérebro são avivadas e integradas.
Referências:
- Proceedings of the International Symposium Physiological and Biochemical Basis of Brain Activity, St. Petersburg, Russia, (Junho 22–24, 1992).
- Segundo Symposium Sueco-Russo New Research in Neurobiology, Moscou, Rússia (Maio 19-21, 1992).
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Maior Coerência de Ondas Cerebrais durante a Consciência Transcendental |
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Doze estudos comprovaram que a Consciência Transcendental está também caracterizada por coerência de amplo espectro nos patrões de ondas cerebrais, tal e como se mede no eletro-encefalograma (EEG). Geralmente, durante o estado de consciência de vigília, os patrões EEG são dispersos, desordenados e mudam rapidamente. Pelo contrário, à medida que a mente assenta-se em Consciência Transcendental, as ondas cerebrais tendem a fazer-se rítmicas e ordenadas, e a mover-se sincronicamente sobre grandes áreas nas regiões frontais do cérebro (como se mostra aqui), se estendendo finalmente para as partes posteriores do cérebro.
Os pesquisadores sabem a muito tempo que a maioria das experiências (sensoriais ou cognitivas) avivam só pequenas áreas específicas do cérebro. A investigação anterior sobre a mobilização das reservas do cérebro, e esta investigação sobre coerência de amplo espectro nas ondas cerebrais, indica que a Consciência Transcendental aviva e coordena a atividade do cérebro numa área ampla, estimulando o que Maharishi Mahesh Yogi chama de o “funcionamento total do cérebro”. Ademais, estudos sobre a técnica de Meditação Transcendental indicam que a Consciência Transcendental vai acompanhada por aumentos no índice EEG de alerta em descanso, aumento da potência de freqüência alfa lenta no córtex frontal.
Considerando estes três estudos juntos (respaldados por centenas de outros estudos), podemos afirmar que a Consciência Transcendental está caracterizada por: (1) um estado único de profundo descanso e relaxamento, e (2) o avivamento e integração de grandes áreas do córtex (com presença altamente significativa de potência alfa aumentada e de coerência de amplo espectro). Esta característica fisiológica é única deste quarto estado de consciência, e nunca aparece em vigília, dormir ou sonhar.
Referências:
- Science 167 (1970).
- Scientific American 226 (1972).
- American Journal of Physiology 221 (1971).
- Electroencephalography and Clinical Neurophysiology 35 (1973).
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